quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pensamentos de uma noite chuvosa

     Naquela noite chuvosa, me encontrava olhando pelo vidro embaçado da janela do meu quarto, observando cada gota cair sobre a grama verde do quintal, de repente me vejo em pensamentos do passado, mas que insistem em continuar ali presentes em meu sub consciente e me pergunto:
     - Por que a vida quando criança é bem mais fácil?
Minha irmã passa pela porta ouve minha questão e diz:
     - Porque na infância nunca recebemos "não", assim tudo parece ser como queremos, na maioria das vezes. Quer conversar sobre o que está havendo?
     - Sim, estou cansada, sei que temos que errar pra aprender, mas meu problema é sempre manter o mesmo erro.
     - Talvez um dia, quem sabe, você acorde com ideias formadas e certas na mente. Tudo tem seu tempo, tudo acontece por uma razão.
     - E por que valorizo as pessoas erradas?
     - Acho que você tem uma esperança de que seja a certa.
     - É deve ser.
     - Se precisar desabafar a "maninha" ta aqui.
     - Preciso. A um tempo atrás eu tive uma perda que me abalou muito, até que eu superei e consegui seguir em frente, a partir daí não conseguia acreditar mais nas pessoas, elas mentem o tempo todo e nunca sabem ao certo o que vai acontecer, e mesmo assim garantem de que as coisas vão ser como elas dizem.
     - Promessas são feitas para serem cumpridas, se elas acreditam em suas próprias palavras, vão fazer de tudo pra que sejam como planejaram.
     - Talvez...
     - Mas nessa parte de não confiar em todos, você está certa, isso previne decepções.
     - O que eu menos quero é me decepcionar. Porque ultimamente eu ando com um sorriso no rosto, mas nem sei se estou feliz, me perco em meus próprios sentimentos.
     - Não basta só sorrir.
     - Mas sorrio, caso não esteja feliz quem sabe sorrisos não atraem felicidade.
     - Quem sabe...
     - Obrigada por me ouvir.
     - Que isso, no que precisar você sabe que estarei aqui. Irmãs também são amigas.
     Ela me abraça bem forte e se retira. Volto pra janela, noto que a chuva já havia passado e me deparo com a lua brilhando pra mim. Prometi pra mim mesma de que a partir de hoje, vou tentar ser alguém melhor, sei que ninguém tem a obrigação de me amar, mas os que já amam, são o suficiente, mesmo cheia de defeitos.

domingo, 22 de abril de 2012

Lembro de cada telefonema,

cada palavra, cada olhar, lembro de cada sorriso seu, cada consolo, cada música, lembro de cada verdade dita, de datas, presentes e setembro, lembro dos choros na madrugada, dos sermões, dos desencontros, lembro de cada brincadeira, cada riso por bobagens que você dizia, cada momento em que meus olhos brilhavam ao mencionar seu nome, lembro das brigas e "adeuses" mal resolvidos, de como era bonito o laço que tínhamos, lembro do sabor dos seus beijos, da segurança e confiança que tinha ao seu lado, lembro de quando nos conhecemos, de nossas mãos dadas naquela noite fria, dos abraços apertados, das borboletas no estomago, lembro dos sorrisos entre beijos, dos toques carinhosos, das palavras apaixonantes, lembro de como foi difícil entender o que sentíamos, lembro daquele amanhecer acordados questionando a vida e nossas escolhas, lembro demais de você, enfim, a lembrança que mais me tortura no presente, é essa saudade de todas as outras lembranças que ainda existem em mim. E você do que se lembra?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma noite maravilhosa,

desperta-se com uma manhã sombria, o que era ontem, hoje já não é mais, como se alguém tivesse matado aquela menininha axificiada enquanto dormia, uma dor que ao mesmo tempo não à sentia, a importancia com as coisas havia se apagado, voltando ser aquele pacote vazio que sempre deveria ter sido. Disfarçando as lagrimas num sorriso ironico diante as pessoas, que mal sabiam que quando se encontrava sozinha, aquela garotinha chorava pelos cantos... Se sentia morta por dentro, mas o alívio de ter se desapegado de tantas pessoas que não estavam nem ai pra ela, o confortava naquele momento, talvez era a unica coisa boa daquela situação.