Há uma fase da vida,

em que paramos pra pensar em todos os acontecimentos até aquele ponto, percebemos que tudo que fizemos serviu como lucro para o amadurecimento, que tudo contribuiu para enriquecer o próximo capitulo de nossa história. Descobrimos que não são todas as pessoas que passam por nossas vidas, permanecem nela, umas vão embora sem ao menos ter entrado, outras só passaram e logo se foram, e há aquelas que estiveram presente boa parte do tempo, mas que por algum motivo tiveram que ir, ou nós mesmos deixamos que fossem. O fato é que serão raras as almas que vão te seguir ate a morte, ou além dela... Descobrimos também que confundimos sentimentos, convivemos anos com uma pessoa, dizemos que a amamos, mas na verdade não passou de especial, nada além do costume do convivio... Muitos de nós iludimos, pensando que sentimos, mas na verdade nem tudo é o que parece ser.

Olho para o espelho,

mas não consigo me encontrar, o maximo que vejo é a carcaça, nem tão nova, mas também nenhum pouco velha. Meus olhos que fixaram naqueles azuis brilhantes que não diziam nada, mas escondiam medo, sofrimento, lamentações, alegrias, emoções e também um amor... Havia duvida se era amor, tinha desconfiança se aquilo existia, se alguém já o sentiu verdadeiramente, se eu mesma alguma vez o senti (...) E logo veio aquele conforto, aquela tranquilidade, aquela paz, quando me recordei daqueles lindos olhos verdes, que me hipnotizaram só em saber de quem eram: seus! Postos naquele rosto claro e meigo, com um sorriso disfarçado naqueles lábios tão perfeitos, que um dia desejo que sejam tocados aos meus... Nesse momento eu me liberto das minhas fantasias e penso em tudo que você falou pra mim, as vezes parece que me quer tanto quanto eu, depois aparenta nem se mportar. Então saio dali, me deito, abraço o travesseiro, fecho os olhos na esperança de sonhar com você mais uma vez.